Praticar esportes regularmente, maneirar na fritura e levar a vida com bom humor, já sabemos que tudo isso aumenta nossa longevidade média. Agora, um novo item pode integrar essa lista: dar uma mexidinha no Facebook.
Quem está dizendo não é o Mark Zuckerberg, mas a Universidade da Califórnia.
Pesquisadores analisaram 12 milhões de usuários do Facebook nascidos entre 1945 e 1989, cruzando os dados deles tanto nas redes sociais quanto no banco de dados do sistema de saúde californiano.
O estudo analisou as atividades dos usuários e percebeu que quando se comparava duas pessoas, do mesmo gênero e da mesma idade, quem era mais ativo no Face tinha uma vida, em média, 12% maior. “Interagir online parece ser saudável quando a atividade online é moderada e complementa as relações offline”, afirma Willian Hobbs, cientista político da universidade e corresponsável pelo estudo.
Quando analisaram com mais atenção só os usuários mais ativos, perceberam mais alguns padrões; a maior longevidade aparecia naqueles que postavam mais fotografias – isso sugeria que eles saíam mais e tinham mais interações também no mundo offline.
E os resultados eram ainda melhores quando o usuário tinha muitos amigos: quanto mais pedidos de amizade aceitavam, mais viviam.
Mas não adianta correr para tirar milhares de fotos e adicionar centenas de pessoas. A ideia principal é moderação. Usar a rede social em excesso também pode apresentar um risco.
“Em casos extremos, em que se gasta muito tempo online com poucas evidências de conexões por outras maneiras, conseguimos perceber uma associação negativa”, afirma Willian.
A ideia de que interagir mais aumenta seu tempo de vida é bem mais antiga que o Facebook: “Esse link entre longevidade e redes/relações sociais foi identificada por Lisa Berkman em 1979 e foi replicada centenas de vezes desde então”, afirma o também cientista político e coautor do estudo, James Fowler:
“Agora, análises sugerem que relações sociais são tão importantes para determinar seu tempo de vida quanto fumar e mais importantes do que obesidade. Estamos entrando na conversa para mostrar que isso vale para relações online também”, completa
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Fonte: Revista Superinteressante